1000 anos

A primeira ressurreição e a segunda morte

Qual o significado da primeira ressurreição e da segunda morte? – De acordo com a Biblia Apocalipse 20:5-6 O restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos.  Esta é a primeira ressurreição. Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos. Nos versículos 5 e 6, é mencionado que os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os 1000 anos, referindo-se à primeira ressurreição. Aqueles que participam da primeira ressurreição são considerados bem-aventurados e santos, e sobre eles a segunda morte não tem autoridade. Muitos afirmam e têm o entendimento que a primeira ressurreição será um evento que tomará lugar aquando da segunda vinda do Messias. Que todos aqueles que foram salvos, em vida, serão ressuscitados na segunda vinda do Messias, e todos os restantes, os não salvos, serão ressuscitados no final do milénio, para julgamento e condenação. Mas será que esse ensino é um ensino verdadeiramente bíblico? Como já vimos no artigo, O Reino Milenar, esses 1000 anos não são literais como a maior parte dos crentes desta geração pensa. Yahshua deixou bem claro que o seu Reino começou quando ele subiu ao céu, e terminará quando ele vier pela segunda vez. Podes entender mais lendo esse artigo aqui.   Sendo assim, o entendimento de duas ressurreições, uma de justos e outra de ímpios, fica confuso.  Vamos esclarecer. Quando Yahshua estava na terra, ele pregou:  Na verdade, na verdade eu vos digo: Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas já passou da morte para a vida. – João 5:24   Isto quer dizer que a partir do momento que ouvimos a pregação, recebemos a fé para crer e entregamos a nossa vida a Yahshua, já passamos da morte para a vida.   O apóstolo Paulo também disse em Romanos 6:13 Tampouco, entregues os membros do vosso corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; antes consagrai-vos a Deus como ressuscitados, levantados da morte para a vida; e ofereçais os vossos membros do corpo a Ele, como instrumentos de justiça.   A primeira ressurreição não diz respeito à ressurreição do corpo mas sim à ressurreição do espírito. Porque antes estávamos mortos nas nossas transgressões, mas agora passamos da morte para a vida. Agora o nosso espírito foi vivificado.   A ideia principal é que a primeira ressurreição não se trata de uma ressurreição física que ocorrerá novamente mil anos depois. Pelo contrário, ela se refere à bem-aventurança daqueles que participam da regeneração espiritual em Cristo. Esses não serão afetados pela segunda morte, que é o lago de fogo, pois foram regenerados espiritualmente e passaram da morte para a vida.   A regeneração espiritual é equiparada a uma forma de ressurreição, e aqueles que experimentaram essa regeneração não serão afetados pela segunda morte. Isso está alinhado com o ensinamento do Novo Testamento, como em João 5:24, que afirma que quem ouve a palavra de Jesus e crê em Deus já possui vida eterna e não enfrentará julgamento, pois passou da morte para a vida. Essa é a essência da primeira ressurreição. Logo, não haverá duas ressurreições de justos e 1000 anos depois de ímpios. Existe no tempo presente uma ressurreição da alma dos justos que é sinónimos de nascer de novo e regeneração. Refere-se à ressurreição da alma e é condicionada pelo ouvir e pelo crer.   O Reinado de Yahshua começou como uma semente de mostarda, e no fim será uma montanha. Enquanto o Reinado cresce e é estabelecido, os justos vão sendo ressuscitados. Cada justo que é ressuscitado entra espiritualmente no Reino de Deus, e o Reino vai sendo aumentado.  É necessário relembrar que este Reino não é feito de paredes, é feito de pessoas, que são o templo do Espírito Santo. 1 Coríntios 6:19 Quantas mais pessoas são alcançadas, mais o Reino cresce. Quando o Reino chegar à sua plenitude é sinal que a primeira ressurreição está completa.   Por Adão herdamos a morte espiritual e por Yahshua fomos ressuscitados espiritualmente para a vida eterna.    Este texto de Paulo é explícito sobre a ressurreição da alma, e o assentar em tronos celestiais.   Efésios 2:4-6 Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo seu grande amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos pecados, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Paulo, ao falar no passado sobre como Deus “nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais”, indica que a primeira ressurreição está ocorrendo no presente e continuará à medida que o Reino de Deus se expande por toda a terra. Quando todos os eleitos forem alcançados pela primeira ressurreição, então virá o fim.   Nós, que somos eleitos, já estamos assentados com Yahshua em seu Reino. Isso ocorre porque nossa força, luz e espírito não são nossos, mas pertencem a Cristo. Nós somos um com Ele; Ele é a cabeça e nós somos o corpo. A cabeça está assentada no céu, enquanto o corpo age na terra, expandindo o Reino de Deus.   João 3:3 Respondeu-lhe Jesus, dizendo: Na verdade, na verdade eu te digo: Se um homem não nascer de novo, ele não pode ver o reino de Deus.   Sabemos então que uma parte da igreja, a que morreu fisicamente está a reinar com Yahshua no céu, e outra parte está a reinar com Yahshua na terra. Não seria possível, o nosso espírito estar vivo e mesmo assim ficarmos adormecidos com a nossa morte física. Todos os santos estão vivos, uns na terra e outros no céu.    Vamos ver alguns textos que provam e demonstram isso:   Os saduceus não acreditavam na ressurreição. Num encontro com o Messias, eles o tentaram com uma pergunta que pensavam ser de …

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A Prisão de Satanás

O que significa a prisão de Satanás? – De acordo com a Biblia Apocalipse 20:1-3 E eu vi um anjo descer do céu, tendo a chave do abismo sem fundo e uma grande corrente na sua mão. E ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos e lançou-o no abismo sem fundo, e ali o encerrou, e pôs um selo sobre ele, para que ele não mais enganasse as nações, até que os mil anos se cumprissem; e após isso, ele deverá ser solto por um pouco de tempo.   O que significa a prisão de satanás?  O poço do Abismo é mencionado nos capítulos 9 e 11 do Apocalipse. Este poço possui uma tampa (Apocalipse 9:1), pode ser aberto (Apocalipse 9:2), fechado (Apocalipse 20:3), e selado. É importante notar que esta linguagem é simbólica e espiritual, não literal, já que Satanás é um espírito, um anjo caído, e não pode ser fisicamente contido com correntes ou tampas como se fosse uma criatura física. As referências ao poço do Abismo indicam a restrição e limitação do poder de Satanás, não a sua inatividade. De acordo com a hermenêutica, a Bíblia interpreta a si mesma. Ao buscar outras passagens sobre a prisão de Satanás, vemos que a sua prisão está relacionada com a primeira vinda do Messias. Vejam a semelhança com o texto de Apocalipse 20:1-3: Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, então o reino de Deus é chegado a vós. Ou, como pode alguém entrar na casa de um homem forte e furtar os seus bens sem primeiro amarrá-lo? E então roubará a sua casa. – Mateus 12:28,29 E os setenta retornaram com alegria, dizendo: Senhor, até os demônios se sujeitam a nós pelo teu nome. E ele disse-lhes: Eu vi Satanás cair como um relâmpago do céu. Eis que eu vos dou poder para pisar em serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada, de forma alguma, vos fará dano. – Lucas 10:17-19 Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.E eu, quando for levantado da terra, todos os homens atrairei a mim. – João 12:31-32 E, despojando os principados e potestades, os expôs abertamente, triunfando sobre eles em si mesmo. – Colossenses 2:15 (Hebreus 2:14, 1 João 3:8.)  Yahshua veio para destruir as obras do diabo e triunfar sobre as potestades e principados na cruz. Portanto, a prisão de Satanás é figurativa e simboliza a restrição de seu poder para impedir que as pessoas sejam salvas pelo evangelho. A afirmação de que a autoridade e o poder de Satanás foram restringidos significa que ele não pode mais exercer sua influência de forma ilimitada sobre as nações e as pessoas. Isso não significa que Satanás esteja completamente inativo, mas sim que sua capacidade de enganar e controlar as pessoas foi limitada. Quando se refere à limitação do poder de Satanás, é uma alusão à passagem bíblica que diz que Deus estabelece limites para as ações de Satanás, como é descrito no Livro de Jó. Assim como Deus limitou as ações de Satanás em relação a Jó, também limita as suas ações em relação aos crentes. A esperança reside no fato de que, onde quer que o evangelho seja pregado, as pessoas têm a oportunidade de serem libertadas da influência de Satanás e do império das trevas. Isso significa que o poder do evangelho é superior ao poder de Satanás, e as pessoas podem ser redimidas e salvas por meio da fé no Messias. Ao contrário do que acontecia antes da primeira vinda do Messias, em que até o povo de Deus, judeus, eram endemoniados e escravizados por Satanás. Portanto, a ideia de que Satanás não pode mais enganar as nações indica que sua capacidade de exercer controle sobre as pessoas e de mantê-las afastadas da verdade do evangelho foi enfraquecida. Isso abre caminho para que mais pessoas sejam alcançadas pela mensagem da salvação e sejam libertadas do domínio de Satanás.  Mateus 24:14 E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, como testemunho para todas as nações; e então virá o fim. Após o milênio, Satanás será solto por um curto período, o que indica um tempo de tribulação, perseguição e apostasia antes da segunda vinda do Messias.  O “pouco tempo” durante o qual Satanás será solto após o milênio refere-se a um período de tempo breve, mas intenso de intensa atividade espiritual maligna antes da consumação final da história, de acordo com a interpretação do Apocalipse.   O que significa os 1000 anos durante os quais Satanás é preso? Os “1000 anos” são simbolicamente representativos do período entre a primeira e a segunda vinda do Messias. Durante este tempo, o Reino de Deus é estabelecido e expandido por todo o mundo. Esse período começou com a primeira vinda do Messias ao mundo, a sua morte na cruz, ressurreição e a subsequente ordem dada por Yahshua para pregar o evangelho a todas as nações e fazer discípulos. A metáfora dos “1000 anos” representa um tempo significativo e indeterminado, mas longo, onde o Reino de Deus é gradualmente estabelecido e expandido por meio da pregação. Assim como na parábola do fermento ou do grão de mostarda, o Reino começa pequeno e cresce até abranger todas as nações da terra. Mateus 13:33: “Ele contou-lhes ainda outra parábola: ‘O Reino dos céus é como o fermento que uma mulher tomou e misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada’.” Mateus 13:31-32: “Ele contou-lhes outra parábola: ‘O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, torna-se uma planta grande, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos’.” Essa duração simbólica de 1000 anos não deve ser interpretada literalmente, mas sim como um período de extensão desconhecida, apenas conhecido …

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Reino Milenar

Reinado de 1000 anos – De acordo com a Biblia Apocalipse 20:1-15 é, sem dúvida, um dos textos mais polêmicos de toda a Bíblia. Não há consenso entre os cristãos, tanto do passado quanto do presente, sobre a interpretação precisa deste capítulo. Criaram-se três categorias escatológicas do Apocalipse com diferentes visões do Reino de Deus milenar. Não vamos entrar em pormenores sobre cada visão, pois não é o nosso foco mas deixamos abaixo o esclarecimento resumido de cada categoria ou interpretação. Apesar de existirem diversas visões e ideias do Apocalipse, do reino milenar e do juízo final, só uma verdade está correta, e na realidade, o pré-milenismo não se alinha com diversos pontos da Bíblia. Os denominados pré-milenistas, sejam eles pré-tribulacionistas ou não, creem que o milênio relatado em Apocalipse 20:11-21 ocorre cronologicamente após a segunda vinda do Messias. No entanto, essa compreensão vai contra outros textos da Bíblia, e como sabemos, a Bíblia não se contradiz. A Escritura não pode contradizer a si própria, portanto, quando duas passagens parecem estar em conflito entre si, a mais clara deve ser usada para interpretar a menos clara. Esse é um princípio muito importante, pois há diversas passagens sobre o apocalipse no novo testamento que são claras e ensinam sobre a vinda do Messias. O Capítulo 20 não é uma continuação cronológica do Capítulo 19, mas sim um retorno à primeira vinda de Cristo. O livro de Apocalipse não segue uma linha progressiva cronológica de zero a dez, mas está dividido em sete seções paralelas e progressivas:   – A primeira seção, dos Capítulos 1 ao 3, fala dos sete candelabros e a verdade central é a segunda vinda de Cristo. – A segunda seção, dos Capítulos 4 ao 7, aborda os sete selos, novamente com a segunda vinda de Cristo como verdade central. – A terceira seção, dos Capítulos 8 ao 11, apresenta as sete trombetas, com a segunda vinda de Cristo como verdade central. – A quarta seção, dos Capítulos 12 ao 14, trata do levantamento do quarteto do mal, como o dragão no Capítulo 12, o anticristo e o falso profeta no Capítulo 13, e a grande Babilônia no Capítulo 14, com a segunda vinda de Cristo novamente como verdade central. – A quinta seção, dos Capítulos 15 e 16, discute as sete taças da ira de Deus, com a segunda vinda de Cristo como verdade central. – A sexta seção, dos Capítulos 17 a 19, narra a queda do quarteto do mal em ordem inversa, com a segunda vinda de Cristo sendo relatada em 19:11-21. – A sétima e última seção, dos Capítulos 20 a 22, descreve o milênio, o juízo final, novos céus e nova terra, com a verdade central sendo o juízo de Deus precedendo a segunda vinda de Cristo.   Portanto, o Capítulo 20 não é uma continuação cronológica do Capítulo 19, mas sim um retorno à primeira vinda do Messias. Assim como o Capítulo 11 termina com a segunda vinda e o Capítulo 12 começa com o nascimento do Messias, o milênio descrito aqui não ocorre após a segunda vinda de Cristo, mas antecede-a. Vou destacar 7 pontos em conjunto com textos biblicos que vão contra a interpretação de um milênio literal de reinado físico do Messias na terra, pois essa visão contradiz a bíblia em diversos textos.    1 O único lugar onde se menciona o Milênio literal é no livro do Apocalipse 20, que é altamente simbólico e apocalíptico em sua natureza. Nenhum dos quatro Evangelhos menciona a ideia de um milênio literal de reinado físico do Messias na terra. Da mesma forma, nas cartas de Paulo, essa ideia não é encontrada, nem nas epístolas gerais, seja de Tiago, Pedro, João ou Judas.    2 O reino de Yahshua é espiritual e não político ou geográfico neste mundo terreno. O milênio não se refere a Yahshua reinando fisicamente neste mundo, ao contrário do que algumas interpretações sugerem. O foco está na dimensão espiritual do reinado do Messias, que transcende os limites terrenos e se manifesta na transformação das vidas e na redenção da humanidade.    Mateus 4: 17: A partir deste tempo, Jesus começou a pregar e a dizer: Arrependei-vos, pois é chegado o reino do céu.   João 18:36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, então os meus servos lutariam, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.     3 Não há mais judeus nem gentios, apenas uma igreja composta por ambos. A ideia de um Milênio na terra e a posição de preeminência dos judeus nesse governo reintroduz uma distinção entre judeus e gentios que foi abolida na cruz. A partir do sacrifício do Messias, toda a descendência espiritual de Abraão, quer seja judia ou gentia, será salva durante a expansão do Reino de Deus na terra. Quando a expansão do Reino atingir o seu ápice e finalização, então virá o fim.   Romanos 10:12,13: Porque não há diferença entre judeu e grego; pois o mesmo Senhor de todos é rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.     4 Não haverá duas ressurreições distintas de justos e ímpios. A ideia de um Milênio terreno ensina que haverá pelo menos duas ressurreições: uma dos crentes antes do Milênio e outra dos ímpios depois do Milênio. No entanto, à luz das Escrituras, essa ideia não tem amparo na Bíblia. Em João 5:28-29, é afirmado que todos ouvirão a voz do Messias e sairão dos túmulos, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição do juízo. Portanto, a Bíblia ensina uma única ressurreição de crentes e ímpios, que ocorrerá num único momento, ou seja, na segunda vinda do Senhor Yahshua Hamashiach.   5 Toda a terra será transformada e passada pelo fogo, nenhum ímpio vai sobreviver.  A ideia do milénio terreno cria uma grande dificuldade ao imaginar …

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