Abençoados os Pobres de Espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus!

A verdadeira felicidade vem de ser pobre de espírito. E o que isso significa?

Yahshua é o maior pregador de todos os tempos porque ele é a própria verdade encarnada. O verbo encarnado. As suas palavras são oráculos de verdade, as suas obras são milagres, a sua vida é um modelo a seguir e a sua morte é o Supremo sacrifício. A sua ressurreição é a mais espetacular Vitória e a segunda vinda a nossa maior Esperança. ELE conhece tudo, o coração e a mente de todos os homens Ele conhece.

Yahshua é o Supremo e o mais qualificado para nos explicar e ensinar sobre a verdadeira felicidade. Ao contrário do que muitos pensam, a fé no Messias de Israel é a fé da felicidade. Muitos pensam que devemos ser tristes, cinzentos e amargurados porque vivemos neste mundo depravado. Porém, o nosso Salvador venceu o mundo! 

Yah não criou o homem para ser infeliz, muito menos os seus escolhidos. O homem foi criado para a felicidade. E se o Reino dos Céus já reina em Espírito, que mais podemos pedir? Se o nosso Salvador já venceu o mundo, o que devemos lamentar? Se o Espírito Santo habita dentro de nós, ao contrário do que acontecia no Antigo Testamento, onde o pecado era o senhor, porque devemos viver amargurados? Deus não criou o homem para viver triste. O nosso propósito de vida é a santidade, e o propósito de Yah para nós é certamente a santidade.

Mas será a santidade contrária à felicidade? Mil vezes NÃO

Não há maior felicidade do que sermos ensinados diretamente pelo Altíssimo Criador de Todo o Universo. Não há maior felicidade do que sermos repreendidos e direcionados por um Pai amoroso que quer ensinar-nos o melhor caminho a seguir.  Isto é, falando diretamente dos sofrimentos que nos proporcionam desânimo e que muitas vezes não entendemos o seu propósito. Vamos rir e gargalhar de alegria? Não. Mas a nossa alma alegra-se por saber que estamos a ser direcionados pelo Supremo Criador de Tudo. Nem todos podem receber essa benção. Só quem Ele escolheu, e neste caso foste TU, EU e todos os que Sabem no seu coração que são salvos.

Isaías 55:9 – “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos. “

Se somos felizes nos sofrimentos, muito mais seremos nas bençãos.

Também não é verdade que o propósito de Deus para nós não seja a felicidade. Mas quando estamos a viver para a carne e temos a mente em coisas terrenas, a felicidade não é facilmente discernida. O fim principal do homem é glorificar a Deus. Com a mente nas coisas do Espírito, adorar a Yah é o ato de maior felicidade que um ser humano pode atingir. A nossa alma anseia por adorar a Deus.

O nosso maior problema é contentar-nos com a felicidade pequena das coisas terrenas. É passageira, superficial e inútil. Yahshua não nos salvou para uma felicidade passageira, Ele salvou-nos para a felicidade Eterna, a maior de todas as felicidades. Conhecê-lo, amá-lo, construir um relacionamento íntimo com o Deus eterno, mergulhar nas águas profundas da sua sabedoria e vivermos para Glória dele. Yahshua abriu  o caminho para a verdadeira felicidade. 

Não existe verdadeira felicidade no dinheiro, sucesso, fama,  prazeres, conquistas, cultura, reconhecimento, no aplauso dos homens… 

Tudo é correr atrás do vento como dizia o grande sábio Salomão. Salomão quis experienciar e procurar por uma idealista felicidade terrena. Quis provar se existe realmente felicidade terrena. Experimentou tudo, pecado, sem ser pecado, tudo o que era experienciável Salomão experimentou. Desde riqueza a mulheres, sabedoria a tolice. Salomão podia falar com autoridade sobre o assunto.A conclusão foi “onde está a felicidade, como encontrá-la?” 

No final do livro de Eclesiastes ele conclui que tudo não passa de vaidade. 

A inquestionável moral da história é: “Ama incondicionalmente a Deus acima de todas as coisas e obedece aos seus mandamentos, porque foi para isso que fomos criados!”

Mas isto é um disparate aos olhos do mundo. Porque a verdadeira felicidade é abraçar o que o mundo repudia e repudiar o que o mundo aplaude. Vejamos as contradições: Yahshua disse feliz é o pobre, feliz é o que chora, feliz é o manso, feliz é o que tem fome de Justiça, feliz é o misericordioso, feliz o pacificador, feliz o que é perseguido por causa da Justiça. Estes valores são completamente contrários ao mundo! Foram esquecidos pelo mundo e distorcidos na cultura do EU. Porque o mundo diz, “feliz o que luta por seus direitos, feliz o que responde à letra, feliz o que tem autoconfiança, feliz o que aproveita a vida para se divertir, feliz o que não se deixa ficar”. A proposta de Yahshua é o inverso deste mundo. O contrário da Verdade é a profanação do Evangelho, sempre proveniente do deus deste mundo, Satanás.

Se Yah colocou a Eternidade no nosso coração, tudo aquilo que não é eterno não pode preencher o vazio que sentimos. Por isso a verdadeira felicidade não pode ser exterior, não pode ser alcançada por bens materiais que são externos a nós. Só pode vir de dentro, do coração que deve estar em Yahshua.

As coisas que tocamos, as riquezas, bens materiais, fortunas e posses, propriedades não são a verdadeira riqueza. São só instrumentos e consequências da verdadeira riqueza e sabedoria de Yah.

Um coração que pensa que pode ser feliz com coisas terrenas está enganado. E esta verdade é universal, para santos ou ímpios. Porque na verdade a fonte da Felicidade não está no que recebemos mas está na relação plena íntima e abundante com aquele que nos doou  todas as coisas. A verdadeira felicidade consiste em desfrutar da plenitude de Deus. 

Essa felicidade é para HOJE, não é para o futuro, não é só na Cidade Santa, é HOJE. Yahshua não disse bem aventurado serão os humildes de espírito, bem-aventurados serão os pobres de espírito,… Ele disse SÃO. Foi para isso que Ele se fez carne e se sacrificou por nós. Não é para o futuro. “Está consumado.” É presente.

Até mesmo quando Yahshua diz “bem aventurados os que choram, porque serão consolados”, já estamos a falar de uma alegria plena. Quem de nós nunca chorou de alegria por saber que Deus é tão bom e misericordioso que nos salvou da morte eterna? Quem de nós nunca soluçou em orações de agradecimentos por entender que não merecia outra coisa se não o lago de fogo? Este choro não é de lamento, abatimento ou desânimo. Esses sentimentos são provenientes da carne, não do Espírito. O consolador vem para nos consolar. A vida baseada na fé verdadeira não é uma vida de tristeza e desânimo como alguns pensam. A felicidade não foi adiada para a Eternidade, a felicidade veio quando o Espírito desceu. Quando o nosso Salvador enviou o consolador para a terra.

A verdadeira felicidade está fundamentada no ser e não no ter.

Ser pobre de espírito também não significa ser pobre financeiramente. Essa ideia foi difundida pela igreja católica como uma falsa ideia de idealismo cristão. Porque a falta de prosperidade é obra do diabo ou falta de sabedoria, não provém de Deus. Não ter bens materiais, casa, conforto e até mesmo comida é uma ideia anti-bíblica. Se olharmos no antigo testamento, os patriarcas eram muitíssimo prósperos. Onde eles punham a mão crescia prosperidade. Eles não estavam prósperos, eles ERAM PRÓSPEROS. Ser é diferente de ter. Mas também não é na pobreza financeira que se encontra a felicidade. 

Yahshua nunca disse que feliz é o pobre financeiramente, mas também não disse que feliz é o rico financeiramente. 

Evidentemente que ser pobre de espírito também não é ser pobre do Espírito Santo. Isso seria contraditório. Também não significa ser pobre de auto-estima, ser coitadinho ou miserável. Não significa estarmos diminuídos perante os outros como se fôssemos fracos. Isso não é humildade, é falsa humildade, é crer agradar os outros e inclusivé é pecado. Não é ser pobre em atributos morais também. 

Ser pobre de espírito é a base para o começo da nova vida no Messias, é a base da fé verdadeira. O humilde de coração precisa reconhecer que é completamente dependente do Deus Altíssimo. É quando reconhecemos que somos insuficientes para agradar a Deus e que precisamos nos aproximar de Deus de mãos vazias, sem esforço, sem empenho próprio, sem reivindicar o que  pressupostamente pensamos merecer. É chegar à beira de Deus pobres e necessitados da sua atenção. Com a plena consciência que dependemos totalmente de Deus para qualquer coisa, que carecemos e necessitamos da misericórdia Dele. Esse é o primeiro passo da nova vida. Se não começarmos por este passo, vamos levar uma vida a tentar ser auto justificados, a tentar não pecar, a sofrer por querer obedecer e não conseguir. Enquanto não dependermos totalmente de Deus para tudo, vamos correr contra o vento. 

Sim, isso significa parar de tentar não pecar. É exatamente isso. 

É dizer em oração: “Meu Pai, a minha tentação é esta, o meu espírito quer parar e está pronto para parar, mas a carne é fraca, se não for com a tua ajuda não vou conseguir parar nunca com este pecado. Deixo nas tuas mãos e que se faça a tua vontade”

A partir daqui, é deixar nas mãos de Deus sem tentar parar com as próprias forças!

E como se costuma dizer, é aqui que a magia acontece. O Espírito Santo vai eliminando da nossa vida todos os pecados, um por um, é impressionante e espantoso. Mas só quando confessamos e entregamos nas mãos daquele que nos fez morrer para o pecado.

Porque o pecado não tem qualquer autoridade sobre nós como tinha na velha vida. O nosso Senhor é Yahshua. 

Romanos 6:1-4:

Que diremos então? Vamos continuar a pecar para que a graça de Deus aumente ainda mais? 2 De maneira nenhuma! Nós já morremos para o pecado. Como poderemos continuar ainda vivendo nele? 3 Ou vocês já se esqueceram de que nós, que fomos batizados para ser parte de Cristo, fomos também batizados para tomar parte em sua morte? 4 Assim, quando fomos batizados, morremos com Cristo e fomos sepultados com ele. Fomos sepultados com ele para que, como ele ressuscitou dos mortos pelo poder glorioso do Pai, nós também possamos viver uma vida nova.

Eu gostava agora que entendessem o significado da palavra “pobre” no gergo original.

“bem-aventurados os pobres de espírito” –  Mt 5:3

O que queria realmente dizer Yahshua com esta expressão?

Existem duas palavras no grego para pobre. 

“penês”  é um termo usado para descrever uma pessoa pobre, mas que tem o suficiente para as necessidades básicas de sobrevivência. É pobre mas tem comida na mesa, é pobre mas tem casa e cama para dormir, é pobre mas tem tudo o que precisa. Não tem luxos mas não lhe falta nada.

“ptochos” é um termo usado para descrever uma pessoa pobre, mas que não tem absolutamente nada, completamente desprovido de tudo, sem influência, sem prestígio e explorada pelos ricos. Um mendigo que vive na rua, sem casa, sem comida, sem roupa…

Em Mt 5.3 onde Jesus diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”, ele usa a palavra “ptochos”. Yahshua quer dizer que todo aquele que percebe estar desprovido de tudo diante de Yah, é feliz. Nada tem em si que é capaz de torná-lo aceitável diante de Deus. Devido a isso é levado a depositar toda a sua confiança e esperança na graça de Deus que se torna real para ele em Yahshua.

Yahshua resistia aos fariseus porque os fariseus aproximaram-se de Deus como alguém que tinham direitos diante de Deus. Achavam-se melhores que os outros, justificaram-se pelas suas próprias obras, batiam palmas a eles mesmo, olhavam todos de cima, elogiavam as suas próprias virtudes, auto elogiavam-se nos seus méritos e esmolas. Diante de Yah exigiam uma recompensa, como se Yah lhe devesse.

Porém, aqueles que chegavam como publicanos e diziam “Senhor tem misericórdia de mim, eu sou um pecador”, esses alcançaram o favor, esses alcançaram misericórdia, esses de fato eram pobres de espírito. Somente aquele que é reduzido a nada e repousa na misericórdia de Deus pode ser considerado pobre de espírito. É a atitude que Moisés teve quando disse a Deus que nem sabia falar, ou quando Isaías se rebaixou e disse a Deus que estava perdido ou mesmo a atitude que Pedro demonstrou quando disse “Senhor eu sou um pecador, afasta-te de mim”.

É isso que Yah requer de nós. Que quando cheguemos diante Dele reconheçamos que não temos nada, não somos nada e dependemos completamente da sua graça. Entender e ter consciência disso é a nossa verdadeira riqueza. Se somos pobres de espírito então somos verdadeiramente ricos,  porque a riqueza do Messias só pode ser apropriada pelos pobres de espírito. 

Como em Apocalipse na carta dirigida à Igreja de Esmirna “Eu conheço a tua pobreza mas tu és Rico”. Quanto mais pobre de espírito formos, mais ricos seremos.

E quanto mais virtudes e boas obras fazemos ou pensamos que fazemos por nós próprios, mais miserável seremos. Só depois de reconhecermos que estamos vazios é que podemos ser cheios. Ser cheios do Espírito Santo. Se estivermos entupidos de arrogância, egocentrismo, orgulho e vaidade não seremos cheios do Espírito Santo. 

Se não formos pobres de espírito não vamos valorizar a obra de redenção do Messias, não vamos desejar o Messias, não vamos desejar a Graça imerecida de Deus. Enquanto estivermos cheios de nós mesmos e formos suficientes a nós próprios não vamos ser pobres de espírito. Não estaremos prontos para receber a graça e portanto não estamos preparados para ser salvos.

“Bem aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus”

Portanto lá no céu só entra um tipo de pessoas, quem é pobre de espírito. Ninguém entrará no céu a pensar que está lá por seu próprio merecimento.

Como podemos saber que estamos ou o que somos pobres de espírito?

Quando toda a base da nossa aceitação por Deus está nos méritos do Messias. 

Por exemplo, um dos erros que os novos salvos fazem é tentar parar de pecar. Eu própria lutei muito com isso. “Não posso isso, não posso aquilo,…” é verdade que queremos apresentarmo-nos perfeitos perante Deus. Não queremos continuar em pecado de maneira nenhuma. Mas existe um problema nessa maneira de agir. para além de ser uma batalha perdida que causa muito sofrimento, estamos a focar nas nossas próprias forças e não no Messias.

 Quase todas as pessoas têm um pecado de estimação, ou é um vício, um pecado sexual, falar mal das pessoas,… Quando começamos a batalha contra esses pecados é uma batalha perdida. Mas não entendemos porquê. Pensamos que estamos a tentar agradar a Deus e parece que cada vez pecamos mais. O problema é que estamos a colocar o mérito em nós próprios. “Eu não bebo, Eu não fumo, Eu não danço, eu não mato, eu não roubo, Eu não adultero, eu trabalho, eu sou honesto, Eu sou um bom pai, eu sou crente,… 

Demasiados Eu’s. Essa é a base que os fariseus praticavam. 

É necessário que reconheçamos totalmente a Graça de Deus e de Yahshua e só assim nós conseguimos nos aproximar de Deus, pelos méritos Dele. Só quando entregamos as nossas batalhas para Ele, é que podem ser vencidas por Ele. Não por nós. Só quando falamos com Ele e dizemos “Meu Pai Soberano sobre todo o Universo, entrego os meus pecados a ti para que os possas destruir, porque eu sozinho não consigo, sou fraco, mas Tu és o Rei e libertaste-me das amarras do pecado”. Só assim podemos ter a certeza que somos pobres de espírito, quando a nossa própria vida, o nosso fôlego e a nossa santificação, repousa sobre a Rocha, Yahshua.

Enquanto estiver uma gota de farisaísmo no nosso coração, se acharmos que há alguma coisa boa em nós, alguma gota de mérito, esforço ou justiça, falta-nos ainda ser pobres de espírito.

Somos pobres para sermos ricos, somos loucos para sermos sábios, perdemos para ganhar, perdemos a vida para ganhar A VIDA.

Estas recompensas não serão só manifestas no futuro mas já agora no presente.

Embora ainda não usufruamos na sua Plenitude da nossa moradia eterna, ela já pode ser nossa agora. Isso significa que podemos ter a certeza da nossa salvação hoje. Não existe nenhuma doutrina das Escrituras tão consoladora como esta. 

Bem-aventurado significa feliz, a palavra no Grego é macário e não é apenas feliz. Não é estar feliz, é SER feliz.

A palavra macários não se  trata de uma felicidade circunstancial e passageira mas de uma felicidade que não depende da circunstância. Então não importa o problema que você esteja vivendo, seja de saúde, seja financeiro, seja familiar, seja no casamento, seja no trabalho, seja de que ordem for,  se você é pobre de espírito Você é feliz. Pode até não estar feliz agora em virtude de uma circunstância diversa mas se é pobre de espírito, é membro da família de Deus, é filho de Deus, é herdeiro de Deus, tem a cidade Santa como lar e Pátria. 

Essa é a verdade Bendita e gloriosa das escrituras. Esta felicidade embora já real ela ainda será potencializada na plenitude máxima quando nós entrarmos nesse Reino dos Céus. O reino de Deus está dentro de nós, mas agora ainda é o reino da Graça e chegará o dia em que nós entraremos no reino da Glória. O reino dos céus é a sede, o esplendor dos maiores reinos do mundo, primeiro porque o seu fundador é o próprio Deus, segundo porque esse reino será mais rico do que todas as riquezas de todos os reinos, terceiro porque este Reino é o reino da perfeição plena e absoluta. Nada contaminado entrará lá, nenhuma maldição, porque este reino excede a todos em estabilidade, os reinos deste mundo passarão mas o reino do Messias é eterno eterno e a ti que és pobre de espírito pertence esse reino.

Esta palavra é viva, Esta palavra é poderosa, Esta é a TUA palavra.

4 Comentários

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